quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fins, Quilhas, Patilhões.........como quizerem!

Então hoje ficamos aqui com um interessante artigo que o Mauricio tem publicado no seu blog, e na altura da entrevista me sugeriu para o pessoal ficar com uma noção da importância destes pequenos componentes. Usam-se em vários desportos de ondas, mas não são iguais para todos, nuns usam-se maiores, noutros quanto mais pequenos melhores.....leiam e tirem as vossas conclusões, depois de lerem com atenção já não vão na onda quando alguem vos disser que os devem usar grandes. O Xico já notou a diferença, velocidade, liberdade e mais facilidade na manobra.


A Importância dos Fins no Waveski by Mauricio Souza

Falar sobre quilhas e seus fundamentos é um assunto bastante complexo, vou falar um pouco sobre ângulos, direcionamento, posições e tamanho. Desde que comecei a surfar de waveski sempre existiu uma carência muito grande de encontrar quilhas adequadas para o esporte, então como só tínhamos um tamanho padrão de quilhas, quando o mar crescia notava nas cavadas que o waveski derrapava e perdia controle na rabeta, então saia da água e regulava as quilhas, primeiramente puxava a central para trás abrindo a distancia entre as quilhas laterais, com isso deixava a prancha mais dura, com mais projeção e menos maleabilidade. O que deveria ser feito era puxar o conjunto todo com a mesma proporção e não apenas uma, se não quisermos perder maleabilidade. Pequenas alterações mudam a prancha por completo. O que acontece é que sabemos muito pouco sobre quilhas e fazemos mudanças erradas e muitas vezes colocamos a culpa no Waveski.
Ao final desta matéria você irá entender o que estou falando, muitas vezes dizemos que a prancha esta amarrada, mas não olhamos para a condição do mar e tipo de onda, quanto maior as quilhas maior o atrito, quanto a direção , quanto mais fechadas, maior a resistência, vários fatores alteram a velocidade do waveski , vamos analisar alguns:


Angulos

Cada quilha tem que ter um ângulo, a central tem que ser 90º se estiver torta o waveski terá governo próprio ( rs) quanto as laterais os ângulos podem variar de 5º á 7º causando com isso grandes alterações na maleabilidade. Quanto mais deitada mais fácil de agredir o lip. Ao inclinar o corpo para o lado para subir em direção ao lip quanto mais ângulo, menos força o atleta terá que exercer , tornando os movimentos mais rápidos e as trocas de borda mais ágeis. O atleta consegue fazer maior numero de manobras num espaço mais curto, ideal para mar cavado e ondas rápidas Este tipo de angulação(7º) é para atletas com raciocínio rápido pois se o estilo do atleta não for este a prancha se tornara lenta para ele, pois esta angulação em linha reta perde velocidade, tem que haver uma troca de bordas constante. Com menos ângulo, as manobras se tornam um pouco mais abertas perdendo a radicalidade , ideal para ondas mais gordas.


Direcionamento

As quilhas podem ser direcionadas diretamente para o bico , uma polegada mais fechada cruzando o bico ou uma polegada mais aberta do bico Quanto mais fechada, mais maleabilidade, ideal para ondas rápidas e pequenas ( até 1,5 m) quanto mais abertas, mais velocidade, ideal para ondas rápidas e rápidas e grandes.


Posições

· As quilhas laterais obedecem a uma posição quase que de regra , tem que estar embaixo do pivô do waveski (embaixo do assento). Usualmente os waveskis que fabrico obedecem esta regra , duas polegadas atrás da medida final da perna em relação ao assento e a central se distancia duas a três polegadas das laterais, dependendo da configuração do waveski. Esta configuração de posição permite surfar qualquer tipo de onda até dois metros com segurança sem necessitar alterar o posicionamento.



Tamanho

Esta parte se torna muito interessante , através dos anos de surf com waveski cheguei a uma conclusão, ficar mexendo no posicionamento das quilhas quando não se entende muito do assunto, só dificulta a vida do atleta . O que deveria ser feito, sim ,é não mexer na posição das quilhas,e sim no tamanho, pois mexer na posição altera todo o surf, você está acostumado a exercer uma força para manobrar , daí o mar sobe e você altera a central puxando pra trás, mudou completamente o ponto em que está acostumado a manobrar e a força que esta acostumado a fazer, se ao invés disto tivesse a disposição uma quilha maior, primeiramente do meio já resolveria o problema pois quando damos uma cavada, uma das quilhas laterais perde o atrito com a água e somente a oposta e a central é que estão atuando, pense comigo ,se der uma cavada muito forte e a quilha central for pequena ,ela também perdera atuação num dado momento ,e somente uma das quilhas laterais estará em atuação, daí acontece a derrapagem e perdemos o controle , para não perdermos maleabilidade temos que primeiro mexer no tamanho da central , daí sim se não resolver puxar a mesma para trás sensivelmente. Já nas laterais , recomendo que não mexa , apenas altere de acordo com o tamanho das ondas , mas principalmente de acordo com a força que o atleta costuma executar nas manobras, muitas vezes quilhas muito pequenas nas laterais deixam a prancha uma verdadeira saboneteira.

Conclusão :

Descubra a angulação usada na sua prancha, a direção,converse com seu shaper a respeito das suas dificuldades , verifique o tamanho, às vezes uma pequena alteração faz uma mudança tremenda na performance, adquira mais de um quiver de quilhas e seja mais técnico ao entrar na água, sabendo antes da condição e que tipo de quilha irá usar, lembre-se que quilhas também fazem parte da sua segurança dentro d’água. Qualquer duvida tenho muitas histórias de posicionamentos de quilhas que me trouxeram muita alegria e muita frustração e também que poderão ajudá-lo a entender mais sobre estes fundamentos.


Deus abençoe a todos, boas ondas e paz nas águas... Mauricio Souza
in
http://colunamauricio.blogspot.com


Thanks Mauricio, sem duvida que é uma grande ajuda.
FilipeBrás


4 comentários:

CHAMP. disse...

UF !!!! ate tou cansado .....isto dos fins tem muita tecnica . Obrigado Mauricio pelas dicas e obrigado Filipe por partilhares este artigo com o pessoal.

Jbras ws disse...

Temos de aprender com quem sabe e que gosta de partilhar os conhecimentos .....
E como tal ficam os agradecimentos do pessoal das pagaiadas para o Mauricio....

Pedrão disse...

Sempre a aprender....boa reportagem

Gus Presa disse...

acabo de retrasar al máximo mi "central fin"